O Puffle dos Desejos #3 | Os fantasmas de Fifi

 Pink amanheceu no pet shop assustada pelo sonho que tivera noite passada. Dormindo em meado ao monte de puffles que ronronavam com felicidade, exausta por não ter conseguido dormir direito naquela noite que mais pareceu um pesadelo. E se fosse mesmo um pesadelo? E se nada daquilo tivesse acontecido? Mas toda expectativa foi em vão quando viu, em suas mãos, o livro.

 Ela se levantou lentamente para não acordar os puffles que agora não ronronavam mais. Quando estava prestes a sair olhou para traz, onde viu um puffle verde, com uma cara muito seria. Espera aí, um puffle verde serio? Ele balançava a cabeça como se algo ruim iria acontecer.

- Desculpe-me mas agora eu... Eu preciso ir- Pink correu para seu iglu sorrateiramente antes que todos os pinguins acordassem e vissem que ela dormirá com Puffles, estava parecendo um pavão de tão colorida. Finalmente chegando ao seu lar, um chalé agradável de aparência rústica em meio a primavera gelada de sua vizinhança. Ela colocou o livro sobre a mesa, simples que ficava bem no meio de seu jardim, e começou a analisá-lo melhor. Sua puffle branca, surpreendida com aquele objeto curioso, se escondia atrás de Pink o tempo todo. Com medo de que o livro fosse lhe fazer mal.

- Fifi minha queridinha, não tenhas medo pelo que eu saiba este livro não pode nem te morder quanto mais te devorar. Não seja boba!

 Fifi, olhando como se não acreditasse na dona pulou no ombro dela. Pink, mesmo desconfortável pela Pink estar esfregando seus pelos no seu bico, começou a folheá-lo e voltou para a parte onde encontrou as folhas arrancadas.

- Isso não é comum, não pode ser minha avó sempre dizia que quando a gente encontra um livro assim, quer dizer, que as páginas arrancadas deveriam ser alguma coisa muito importante.

 Fifi, que já não ligava para a presença do livro, concordou

- Espere tem algo escrito na contracapa- Fifi disse, com dificuldade para ler aquela letra que parecia ter escrita há anos

 “Uns tem bondade, outros tem maldade agora o livro lhe fala a verdade”

 Um brilho verde esquisito saiu do livro e correu em direção a Fifi, ela desesperada, começou a correr para o iglu, mas era tarde demais, o brilho pegou Fifi que ficou em transe por um segundo

- Olá Pink, nos vemos mais uma vez.

- Soul? Saia do corpo de Fifí agora!

- Infelizmente creio que isso não será possível. Pois compreenda minha cara pinguim, preciso de Fifi para continuar vivo.

- Mas porque você precisa do corpo de Fifí?

- Vou lhe falar - Uma nevoa azul apareceu e Pink se viu dentro de uma cabana linda, que jurava já ter visto em algum lugar, lá fora ouvia-se gritos.

 “Naquela noite sombria, os pinguins da vila ficaram enfurecidos por minha causa. Fizeram uma posição de fúria com tridentes e tochas em torno da minha casa. Mas Edward me amava muito, não iria me abandonar, felizmente ele sabia um feitiço que poderia nos salvar, ele me prendeu dentro de seu diário que me abrigou durante anos. Eu nunca soube o que houve naquela noite. Fiquei guardado na estante por anos, até a minha casa se tornar um lar para idosos, o livro então se perdeu nas águas. Depois de alguns anos, acabou sendo pescado por um pescador. Ele tinha me libertado, mas por causa das pragas que causei a ele, ele me prendeu de novo no livro’’

- Mas graças a você eu estou livre. E não serei preso de novo. Nunca. NUNCA.

MUAHAHAHAHAHA

 Ele desapareceu, no corpo de Fifi, numa nuvem de fumaça verde, assim como saiu do livro

 Pink entristecida soltou uma lágrima.

- Fifi, minha querida Fifi. Eu vou te salvar. Nem que seja a última coisa que eu faça.

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