Esconderijo 00:35 AM
Técnico mexia em um computador, deveras cansado, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Floquinho jazia a seu lado, o observando com um olhar firme.
- E então? - diz Floquinho, impaciente.
- E-eu...eu não consigo. - murmura Técnico. Floquinho faz uma careta de ódio.
- Você consegue sim. Faça isso de uma vez.
- M-mas... - começa Técnico, quando Floquinho o agarra pelo jaleco sujo.
- Faça isso, seu verme, ou irá ser jogado para dentro de um poço! - ameaça ele. Técnico treme e volta ao computador, com as penas arrepiadas.
Depois de um tempo, finalmente consegue. Durante o tempo que tentou, havia recebido mais choques através de suas correntes. Logo ao terminar, desmaia de cansaço e dor. Floquinho observa o computador, sorrindo. Então ele vai para a sala onde estavam os pinguins hipnotizados.
- Atenção! - diz ele. Os pinguins se viram, com movimentos sincronizados. - Esta noite iremos fazer desta ilha uma ilha mais justa. Eu sofri muito. Não podemos evitar que alguém sofra, então por que não fazer todos sofrerem?
Floquinho sorri e aperta um botão, abrindo uma entrada naquela caverna.
- Vão e façam com que todos sintam o que eu senti! - berra ele. Os pinguins saem.
Floresta 00:34 AM
Annabeth, Davry e Bob andam pela Floresta até o Plaza, cansados e exauridos. Ao avistarem o Plaza cheio, notam que as luzes de lá piscavam rapidamente, mas ignoram.
- Policial! - grita Annabeth, indo até um policial. - Precisamos de ajuda!
- O que foi? - pergunta ele, impaciente.
Davry e Bob contam tudo o que houve em minutos. Os policiais que estavam lá soltam risadas.
- Vocês estão malucos, só podem. - diz um deles.
- É verdade! - fala Annabeth, desesperada.
- Exército com armas? O agente Floquinho ser o assassino? Suas piadas são muito boas. - diz outro, segurando a risada. - Deviam escrever livros.
Davry dá um grunhido de ódio, e dá um passo a frente.
- Escutem aqui, olhem o estado da minha nadadeira. - fala ele, mostrando. - Isso não foi acidente, foi real, a gente foi a uma caverna mesmo e...
As luzes do Plaza de repente se apagam! Assim como a eletricidade dos prédios por lá. Tudo estava na mais completa escuridão.
- Mas o quê...? - exclama um policial.
Os pinguins que estavam lá soltam exclamações e reclamações.
- Fiquem calmos! - diz outro. - Vamos ver o que houve e...
- AAAAAAAAAAAAH! - ouve-se alguém berrar. Todos os pinguins olham e veem um pinguim com várias queimaduras nas costas, inerte no chão, tentando respirar. Uma pinguim estava do lado dele, desesperada. - SOCORRO, AJUDEM!
Ouvem-se tiros de laser vindos de vultos na escuridão. Logo tem um pandemônio no Plaza, com gente correndo para todos os lados para se proteger. Annabeth e Davry ficam confusos na multidão de pinguins que empurravam a todos com desespero.
- Venham! - grita Bob, apontando para o Shopping. Os três entram e fecham a porta, se afastando da entrada.
- Oh céus! - fala Annabeth, tampando os olhos, desesperada. - Isso não é nada bom!
- Com certeza... - diz Davry, respirando fundo, quando sente algo cutucando as suas costas. Annabeth e Bob se afastam.
Era um pinguim com uma lança decorativa, mas mesmo assim afiada. O pinguim era aqua e de cabelos pretos espetados, usando uma roupa de policial.
- Para trás! - diz ele, ameaçando com a lança.
- Sifurafa?! - exclama Annabeth. Sifurafa abaixa a lança.
- Vocês? - fala ele surpreso. Ele suspira, aliviado. - Ainda bem! Pensei que fossem aqueles pinguins doidos atirando!
- O que faz aqui? - pergunta Davry, confuso.
- Vim me esconder. - fala ele. - Alguém com um mínimo de inteligência não ficaria lá fora.
- Você não tem nem o mínimo! - diz uma voz feminina na escuridão, rindo. Uma pinguim de cor preta, cabelos loiros em marias chiquinhas, tênis praianos e camiseta vermelha e branca.
- Clerical, por favor! - diz Sifurafa, revirando os olhos.
Bob nota outro pinguim, escondido atrás de uma mesa. O reconhece por suas roupas.
- Pintado? - fala ele. O pinguim se levanta um pouco.
- O-oi... - gagueja ele, engolindo em seco.
- Pintado, você sabe que uma mesinha dessas não vai te proteger por muito tempo, né? - fala Clerical, sorrindo.
- Clerical, seja mais sensível. Ele está assustado. - fala Sifurafa, a repreendendo.
- Não posso nem comentar mais? - pergunta ela.
- Nada que saia da sua boca vale a pena.
- Seu imbecil! - diz ela, com raiva.
- Sua babaca! - fala Sifurafa.
- PAREM! - grita Davry. Clerical e Sifurafa se calam. - Estamos em uma situação séria! Sem brigas, ok?
- Você não é meu chefe. - diz Clerical, virando o rosto. - Mas ok, vou parar de brigar.
- Vocês poderiam nos ajudar? - fala Annabeth. - Lá fora com certeza está um caos.
- Ajudar? C-como assim? - fala Pintado.
Bob, Davry e Annabeth explicam tudo.
- Aquele loirinho era o assassino afinal? - fala Clerical. - Eu sabia!
- Eu sabia antes. - diz Sifurafa.
- Eu sabia bem antes que você!
- Querem parar de brigar?! - fala Bob, impaciente. - Vocês sabem que isso não vai mudar nada agora!
Clerical e Sifurafa se calam.
- Olha, o seguinte: eu suspeito que Floquinho esteja usando hipnose naqueles pinguins. - fala Annabeth. - Isso explicaria porque Fefezinh agiu daquele jeito. Então teremos que fazer o seguinte: achar Floquinho em estado vulnerável e convencê-lo a fazer tudo voltar ao normal.
- Você está doida! - fala Sifurafa. - Há vários daqueles pinguins controlados lá fora, e provavelmente aquele assassino miserável está bem protegido.
- Tenho que concordar com ele. - diz Clerical.
- Precisaremos de uma distração para aqueles pinguins. - fala Annabeth.
Bob sorri e pega a guitarra que estava em suas costas.
- Música sempre é uma ótima distração. - fala ele. - Viu, Davry? Eu sabia que ia precisar dela!
- Tenha cuidado. - diz Davry, preocupado.
- Não se preocupe, serei mais rápido que o flash para aqueles pinguins. - diz ele, rindo.
- Ok. Clerical e Sifurafa, ajudem os pinguins que estiverem feridos ou encurralados em algum lugar. Davry e eu iremos atrás de Floquinho! - fala Annabeth.
Eles começam a sair, quando uma nadadeira vermelha segura Annabeth.
- Deixem eu ir. - fala Pintado.
- Não, Pintado, isso vai ser bem perigoso! - diz Annabeth.
O pinguim respira fundo.
- Durante toda a minha vida eu sempre tive muito medo. Mas nessa noite eu gostaria de ajudar. Nunca deixarei de sentir culpa de ficar aqui enquanto outros sofrem. - fala ele.
Bob sorri.
- Vá com Sifurafa e Clerical. Quem sabe você consiga fazer eles pararem de brigar. - diz ele. Pintado ri.
Plaza 00:52 AM
Bob sai correndo do Plaza, e vê vários pinguins hipnotizados se preparando para atirar em outros que se encolhiam, assustados.
- HEY! - grita ele. Os pinguins se viram para Bob.
Ele toca sua guitarra bem alto.
- Venham me pegar, bobões!
Os pinguins hipnotizados fazem caretas de ódio e correm atrás do guitarrista, que corre rapidamente, os atraindo para longe. Clerical, Sifurafa e Pintado ajudam os pinguins assustados.
Annabeth e Davry se escondiam no Shopping, ambos se preparando para o perigo que viria.
- Está pronta?
- Prontíssima. - diz Annabeth, sem muita convicção.
Eles saem de lá, e tristemente veem vários pinguins queimados pelo chão.
- Temos que agir rápido. - fala Davry. Os dois correm para a Floresta.
Ancoradouro 01:03 AM
Bob continua a correr, por incrível que pareça, atraindo os pinguins para uma armadilha. Finalmente, os pinguins pisam em um pedaço de neve e uma rede metálica sobe, prendendo eles e fazendo todos derrubarem suas armas.
- Ha! Tomem essa! - diz Bob, rindo. Mas então se sente culpado. Eles não tinham culpa de agirem assim.
Então ele ouve uma voz feminina, e fica nervoso:
- Isso não é algo muito educado de dizer. - fala Fefezinh, saindo de trás de uma pedra com uma arma nas nadadeiras.
Bob a encara.
- Fefe...sou eu. - fala Bob. - Não se lembra de mim?
- Só lembro que suas músicas são horríveis. - fala ela, rindo debochadamente.
Ela atira com a arma a laser. Bob desvia, com o tiro acertando de leve sua capa.
- Pare! - fala Bob.
- Cale a boca, pinguim miserável. - diz ela, atirando mais e mais. Bob corre para longe dela, com Fefezinh o perseguindo rapidamente.
Hospital 01:04 AM
Sponge abre os olhos, e se vê na mais completa escuridão.
- O que é isso? - fala ele, tonto de sono. Ele olha ao redor. O quarto onde jazia estava vazio e com um breu enorme. Ele se levanta da cama e vai até a janela.
Ele ouve gritos e explosões. Se assusta.
- O que está havendo?! - exclama ele. Pela janela vê uma pinguim ser morta. Faz uma careta de susto e raiva.
Ele pega suas roupas que estavam em um armário.
- Chega de descanso. - fala ele, pegando também seu equipamento de agente.
E esse foi o décimo capítulo! Que terror em? Digam o que acharam nos comentários. Arrivederci!
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