Eu olho as horas no relógio. Corro com a minha capa de chuva pelas ruas. A capa de chuva não aguenta o temporal, e ela era esticada pelo vento com força como se fosse ser arrancada. Me boto debaixo de um toldo do Pet Shop. Enxugo o rosto com as minhas nadadeiras como posso, e olho para os lados. Eram 01:39 AM e eu segurava um pequeno sorriso. Primeira parte do plano concluída. Corro pelas ruas novamente quando o temporal diminui. Corro e entro em uma espécie de veículo iluminado, e depois sumo da vista de quem quer que esteja por aí nessa tempestade de Domingo...
Domingo, 13:45 PM. Redação, Café.
Uma pinguim aqua com cabelos loiros e usando um vestido azul mexia em uns papéis na Redação, vazia, preparando algumas coisas. Não nota a Tia Arctic a observando.
- Fefezinh! - grita ela. A pinguim aqua pula, assustada. Ela se vira.
- Arctic! Me matou de susto! - diz ela, respirando fundo. Tia Arctic dá uma risada.
- O que está fazendo ai? - pergunta ela. Fefezinh mostra um microfone e uma câmera em seu pescoço.
- Meu trabalho, lógico! - diz ela, sorrindo. Tia Arctic balança a cabeça.
- Não precisa ser jornalista hoje. É Domingo, e duvido ter alguma coisa interessante por aí. Não arrume esperanças. - diz ela. Fefezinh então desanima e se senta em uma cadeira.
- Não tá tendo algo emocionante nem em dias da semana. Só um roubozinho aqui e ali, mas são só imaturidades dos responsáveis ou pobreza. Quero uma matéria de verdade!
- Não se pode apenas pedir ou querer, tem que conseguir. Mas devia descansar, você fez um ótimo trabalho essa semana. Tente descansar. - diz Arctic. Fefezinh, desanimada, guarda a câmera e o microfone em uma bolsa.
- Ok... - diz ela, desapontada.
Então ela desce as escadas e passeia pelo Centro, deserto. Ela afasta os cabelos do rosto enquanto o vento sopra forte, e vai para seu iglu. O puffle branco dela, chamado Niro, pula até ela, que o pega e o acaricia. O puffle é um grande companheiro dela, e ela já o tem a mais de 2 anos. Ela se senta em uma cadeira e o observa. O celular dela toca com uma nova mensagem, e ela o agarra com sua nadadeira. A mensagem era de Annabeth, uma grande amiga dela. A mensagem dizia:
"Oi, to entediada, e vc?"
Fefezinh começa a teclar e manda uma mensagem para ela. A mensagem dizia:
"Estou me divertindo bastante...SQÑ." Annabeth manda outra mensagem depois de um minuto:
"Pizzaria, às 18:00 essa noite?" Fefezinh sorri e tecla uma resposta, logo a mandando:
"Me aguarde." ela dizia. Fefezinh sorri e se levanta, pensando no que vestir.
"Ela é minha amiga! Não vai ligar muito para o que eu visto." pensa ela. Ela então anda em círculos tentando passar o tempo. O tédio a dominava.
17:30 PM, Floresta.
Um dos cozinheiros da Pizzaria tentava achar temperos especiais na Floresta para fazer as pizzas ficarem divinas.
- Onde pode estar o coentro? - pergunta ele. Coentro é um tempero especial que cai muito bem com peixes. - Ahá! Ali está!
O pizzaiolo corre até uma pequena hortinha na Floresta, escondida das pragas e dos pinguins curiosos. O pizzaiolo pega algumas folhas verdes e se prepara para voltar para a Pizzaria, mas então sente um cheiro horroroso de queimado no ar. Ele cheira o tempero que segurava. O tempero tinha o aroma bom característico, nada de errado. O pizzaiolo olha para os lados, tentando achar a origem do cheiro.
17:35 PM, Pizzaria.
Fefezinh dava uma mordida em um pedaço de pizza de peixe com queijo e molho picante. Annabeth come outra com algas, queijo e molho normal.
- Como você consegue aguentar molho picante? - pergunta ela. - Isso é como fogo na garganta!
- Ora, é uma delícia! - diz Fefezinh, comendo o pedaço inteiro.
- Já pensou em entrar para a competição de comer mais pizzas? - pergunta Annabeth, apontando os pinguins competindo. Um deles já havia comido mais de 40 pizzas, e ainda parecia que ia comer mais. Fefezinh ri.
- Não chegarei a esse ponto. - diz Fefezinh, e quando ela ia comer mais um pedaço, um pizzaiolo entra pela porta da Pizzaria fazendo barulho. Parecia cansado e bem apavorado. Os pinguins na Pizzaria o encaram.
- Ca....ca..... - murmura o pinguim. - CADÁVER! EU VI UM CADÁVER NA FLORESTA!
O grito faz os pinguins se levantarem.
- Cadáver?! - fala Annabeth, assustada. Os pinguins seguem o pizzaiolo até a Floresta, e lá estava o cadáver: um pinguim jovem de cor arroxeada, com vários arranhões que brilhavam pelo corpo, além de várias queimaduras. O cheiro de queimado preenche o ar. Um dos pinguins comedores de pizza, ao ver aquilo, logo corre e vomita em uma lata de lixo, não aguentando.
- UOU! Um cadáver? Notícia! - diz Fefezinh, pegando sua câmera em uma bolsa que carregava e tirando fotos do cadáver.
- Sério que você tá tirando fotos de um cadáver? - pergunta Annabeth.
- Algo como isso não pode passar despercebido. - diz Fefezinh, guardando a câmera. Um vulto, escondido, observava a multidão ao redor do cadáver, sorrindo.
- Excelente, hehehe.... - murmura ele, logo sumindo na escuridão da noite.
No dia seguinte, 10:30 AM.
- E até agora não se sabe nada sobre o defunto? - pergunta Fefezinh para a polícia. Um dos policiais balança a cabeça. - Ok, obrigada mesmo assim.
Fefezinh estava tendo um dia cheio como jornalista, e então anda pelo Centro, suspirando e pensando no que pode ter ocorrido. Quem seria o defunto? Então ela sente um dos bolsos de seu vestido tremer, e vê que é seu telefone secreto. Há quanto tempo que ele não tocava! Ela o agarra e atende escondida.
- Alô?
- Fefezinh, aqui é o Agente G. - diz uma voz que ela já conhecia.
- Olá G, deseja que eu encontre suas meias perdidas novamente? - pergunta ela com deboche.
- Engraçadinha, soube das noticias. A EPF tem um novo trabalho agora. - diz G.
- Achar um assassino? Isso não é trabalho da polícia? - pergunta ela.
- A polícia anda debilitada. E não é só sobre esse caso. Venha rápido! - diz ele. Fefezinh suspira e vai até a EPF. Lá encontra Annabeth, nervosa, sentada sobre uma cadeira.
- Oi Annabeth! - diz Fefezinh, a abraçando. - O que está havendo?
- Soube que faremos um caso, nós duas, junto com alguns outros agentes. - fala Annabeth.
- Que outros agentes? - pergunta Fefezinh. Annabeth dá de ombros, indicando que não sabia. Então G aparece.
- Que bom que veio, agente Fefezinh. - diz ele. - Pronta?
- Depende do que eu vou ter que fazer. - diz ela.
- Bom, você deve saber bem que foi encontrado um cadáver ontem na Floresta né?
- Não, só soube disso agora. - diz Fefezinh, irônica. Annabeth segura uma risada. G balança a cabeça. - Ok, vou parar de brincar...
- Bom, ultimamente houve certos desaparecimentos também pela ilha. - diz G. - E suspeitamos que haja um só responsável ou responsáveis ligados. Quero que investiguem isso e consigam trazer o responsável a justiça rapidamente. Terão alguns agentes trabalhando com vocês. Por falar nisso, dois deles vieram. Os outros virão depois. - termina ele, apontando para o fundo do QG. Havia um pinguim azul com óculos de grau, um chapéu de hélice e um moletom verde e preto. Exibia um sorriso confiante. E ao lado dele havia um pinguim branco, de cabelos loiros, usando uma jaqueta moderna. Exibia um sorriso tímido e acolhedor.
- Esses são Sponge e Floquinho. - diz G. Sponge, o pinguim com o chapéu de hélice, acena.
- E aí? - fala Sponge, sorrindo mais. O pinguim de cabelos loiros, Floquinho, acena também.
- Estou ansioso para começar. - diz ele.
- Vamos começar então. - diz Annabeth.
20:00 PM
Fefezinh arrumava o iglu para dormir. Ela e os 3 agentes investigaram um pouco naquele dia. Não descobriram muita coisa, exceto que o defunto era uma garota. Ela então deita, pois deve estar pronta para amanhã.
Eu observei os agentes durante um tempo. Eles são um obstáculo para meus planos? Lógico que não. Eu os observei sorrindo. Podia brincar com eles! Uma brincadeira mental perfeita. E tudo está apenas começando...
E esse foi o primeiro capítulo. Digam o que acharam nos comentários. Arrivederci!
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