Furious Chemistry #6 | Psicose

Olá pinguins! Trago a vocês o sexto capítulo da série Furious Chemistry. No quinto capítulo, vimos que Sara ficou perturbada com a ideia de que Libby poderia ter morrido, então ela resolveu sair atrás dele sozinha! Enquanto isso, os agentes perceberam que Sara não havia aparecido, concluíram que ela saiu atrás de Libby. Os agentes definitivamente não tinham tempo a perder, deviam ir atrás de Libby, do assassino e de Sara! Ao mesmo tempo em que os agentes estavam em busca do químico, do maníaco e da médica, a máquina que Dahmer obrigou Libby a construir, começa a ''corroer'' os planos dos agentes. Quando tudo parecia perdido, eles avistam o esconderijo de Dahmer, perplexos, os agentes descobrem quem estava por trás de todo caos na ilha. Chega de enrolação! Estão prontos? Então clique no botão abaixo da imagem para continuar a ler. P.S. Este capítulo vai ser mais longo do que o habitual!




Esconderijo de Dahmer, 06:55 AM

  Na caverna mal iluminada, o psicopata, que vestia trajes negros, estava logo à frente dos agentes, paralisados e desatinados. Os pensamentos de Anna estavam caóticos, confusos, mas mesmo assim ela, com uma expressão amedrontada, questiona:

- Quem é você?!

  O maníaco, sem dizer nada, retira sua máscara e seu capuz que obscurecia sua face. Os agentes se entreolham, estavam surpresos, Lucas, boquiaberto, fala:

- É...é...O pizzaiolo! - diz Lucas, espantado.

- Não apenas o pizzaiolo, mas o tormento de suas vidas... - fala Dahmer, com sua voz tenebrosa.

- Eu... eu não entendo... - fala Kate, sua face, mal iluminada, transmitia perfeitamente toda a angústia e incredulidade.

- Ninguém entende, mas eu entendo... - diz o assassino, com um sorriso maquiavélico.

- E Lucy, Steve... mortos por sua sede de sangue... - diz John, incomodado com a situação.

- As expressões de desespero em suas faces me alimentam... além disso, vocês não me conhecem... - fala Dahmer, com sua face pálida, ele parecia impassível.

- Já te conhecemos o suficiente para saber que você é um ser desprezível e odioso. - fala George, seus músculos faciais pulsavam de raiva.

- Eu não entendo o porquê de todos esses seus atos detestáveis... - diz Anna, com os olhos esbugalhados, ela tremulava de medo.

- Acho que chegou a hora de contar uma historinha para ver se as crianças medrosas se acalmam... ha ha ha... há alguns alguns, eu, um pinguim fútil... como qualquer outro dessa ilha, ia nos iglus cassinos. Eu, tolo, sonhava com a ideia de ficar rico com aqueles jogos manipulados... um casal era dono do cassino que eu frequentava, Lucy e Steve, tinham se tornado ricos à custa de quem ia lá. Cada vez mais eu ia lá, principalmente depois que me diagnosticaram como psicopata... apenas os jogos me alegravam, mas como eu nunca ganhava... eu fiz um pacto com o diabo... eles perderam tudo, e eu ganhei muito dinheiro, no entanto, eu sofri as consequências, em uma expedição nas montanhas inóspitas da ilha, eu fui soterrado por uma avalanche... os estilhaços de madeira me desfiguraram, e após isso... resolvi mudar de vida, fui contratado como pizzaiolo. - fala Dahmer, atônito e pensando longe.

- E quando decidiu tornar essa ilha um caos? - diz John, olhando surpreso para Dahmer.

- Esse pacto até hoje me assombra... mas a verdade... é que eu entendi uma coisa... todos nós pinguins, temos um monstro dentro de nós esperando para ser despertado... todos nós somos desprezíveis e pensamos apenas em nós mesmos... se você percorrer todos os caminhos de nosso subconsciente, você achará o que há de mais pérfido e mefistofélico em nós. Então... é melhor que o mundo se livre de nós... tive ainda mais certeza disso, principalmente depois em que fui dominado por atos psicopatas, aquilo era prazeroso... fiquei decidido, todos deviam morrer. O diabo, domina cada um de nós, com seu toque de maldade, que como uma gota em um copo d'água, se espalha rapidamente... - fala Dahmer, respirando fundo e olhando para lugar nenhum.

  Todos permaneceram calados, os pensamentos dos agentes os abstraíram do local. Estavam espantados com a história de Dahmer, só se ouvia o som da chuva ácida que caia lá fora. Na sala mal iluminada, um foco brilhante que vinha do pingente pendurado no pescoço de Dahmer capturava a atenção.

  Enquanto os agentes e o assassino se entreolhavam, Libby estava trancado dentro do escritório de Dahmer, ele estava andando em círculos dentro da sala, estava pensando em um modo de fugir daquele local. O químico resolve abrir um dos armários da sala, para a surpresa dele havia um machado e algumas substâncias químicas armazenadas em frascos e cuidadosamente identificadas.

- Acabou... Dahmer... - diz Libby, com um sorrisso amedrontador, seus batimentos cardíacos acelararam rapidamente, e novamente ele vivia um turbilhão de emoções.

  Libby pega o machado, e com passos firmes se aproxima da porta, ele ria de forma alucinada. De repente, o machado atinge a fechadura com força, a porta se abre de forma violenta. Libby encontra os agentes e o maníaco lunático, mesmo atordoado pelas suas emoções ele agarra novamente o machado e ameaça uma investida contra Dahmer.

  Dahmer, saca sua arma e a dispara, o tiro acerta a parede. Assustados, os agentes se posicionam atrás de rochas e ameaçam disparar contra o assassino. Dahmer corre para se proteger atrás de uma rocha, Libby entende que seria arriscado continuar tentando golpeá-lo com um machado, então, ele volta para o escritório de forma desesperada.

  Libby, enquanto segurava o machado, respirava de forma ofegante, ele estava irado e tinha extrema aversão a Dahmer. O químico, após ficar mais calmo, vasculha o armário em busca de algo útil.

- Mas o que é isso... triperóxido de triacetona, TATP! Definitivamente, acabou pro Dahmer. Isso é extremamente explosivo, fricção e impacto já detonam essa belezinha... o apelido disso é ainda mais medonho, ''Mãe de Satã''... - fala Libby, boquiaberto, ele imaginava uma forma de detonar o explosivo.

  Libby pega um saco de pano e coloca 2 frascos de triperóxido de triacetona. O professor estava trêmulo de medo, ele sabia das consequências de seu ato, mas ele sentia que era necessário. Libby se aproxima da porta do escritório e a abre de forma rápida.

- FUJAM! - diz Libby, tacando o saco de pano com as substâncias explosivas no teto da caverna. O material explodiu.

  As paredes da caverna oscilaram, estalactites começaram a despencar, atingiram alguns agentes, os tremores não cessavam. A poeira caiu do teto, principalmente ao redor da explosão, algumas pequenas rochas se desprendiam e caíam.

- Seu desgraçado! - diz Dahmer, se levantando do chão e disparando o revólver. A poeira fina fez com que Dahmer não enxergasse nitidamente as coisas a sua frente, ele errou o disparo.

  Conforme o tempo passava, cada vez mais rochas despencavam do teto da caverna, e os fragmentos rochosos que caíam eram cada vez maiores. Uma das rochas atingiu Dahmer nas costas, ele caiu no chão e sua arma foi arremessada longe. Os agentes, corriam para fora da caverna, alguns ainda estavam dentro da mesma e gritavam pedindo para que Libby fugisse.

  Dahmer, pega uma pedra logo ao seu lado e arremessa no rosto do químico, que se atordoa e cai no chão, ele estava zonzo. O assassino agarra o pé de Libby, de repente, grande quantidade de pedregulho despenca do teto da caverna e atinge o químico, que acaba inconsciente.

  Na entrada da caverna, os agentes estavam em pânico.

- Essa caverna vai desmoronar a qualquer momento! Temos que salvar o Libby! - fala Kate, aflita.

- Por mais perigoso que seja... não podemos deixar Libby ali. É o nosso trabalho... salvar pessoas. - diz Anna, engolindo seco.

  De repente, Kate corre para o interior da caverna, mesmo sendo atingida por rochas, ela continua correndo. A agente agarra Libby, o assassino que estava caído no chão se levanta enquanto gemia de dor.

- Já parou pra pensar que tudo que está trancafiado no nosso subconsciente já seria suficiente para nos jogar no abismo do inferno? Cara agente... você pode prender qualquer um, exceto a perversidade em uma masmorra. Ela sempre escapa... - fala Dahmer, sorrindo para Kate de forma perturbadora. Seu rosto estava cheio de escoriações e feridas.

- Observe a crueldade no mundo animal, e reflita que... nós podemos não ir por caminhos escabrosos. Do mesmo jeito que há estratégia para matar alguém, há estratégia para conter a perversidade... - diz Kate, olhando para Dahmer, sem expressão alguma.

  Kate segura Libby no colo e corre para fora da caverna. Alguns segundos depois, a caverna começa a desmoronar, ela olha para trás e vê Dahmer imóvel sorrindo para ela, em seguida ele é esmagado por uma grande rocha, e assim só se vê o brilho do pingente dele. Kate continuou correndo, mesmo transtornada com o que viu, conseguiu sair da caverna a tempo. Ao chegar lá fora ela se joga no chão junto com Libby, e respira de forma descompassada, ela chorava.

- Kate, você conseguiu! - diz Anna, abraçando Kate. - Vai ficar tudo bem a partir de agora...

  A máquina produtora de chuvas ácidas ainda estava operante, e a chuva continuava a cair. Mas mesmo assim, os agentes sorriam alegres e aliviados por finalmente terem encerrado o caso. Sara, que estava em um dos carros dos agentes embaixo de cobertores, que havia acordado há pouco, se levantou do carro, estava um pouco estonteada, Sara olhou Libby no chão e correu descompassadamente em direção a ele.

  Sara, caída no chão, verifica a pulsação de Libby. O químico estava vivo, Sara o abraçava com força, ela estava eufórica, lacrimejava e ao mesmo tempo ria. A euforia tomava conta dos agentes, eles não conseguiam acreditar que todos os momentos de tensão havia acabado, porém, Kate estava inquieta, as últimas palavras de Dahmer e o seu sorriso macabro vagavam pela sua cabeça.

  - Não consigo acreditar... finalmente... acabou... - diz Anna, sorrindo. Era como se tivesse tirado um peso de suas costas.

  A chuva ácida continuava a cair, Libby acorda de forma repentina nos braços de Sara, ele ainda estava estressado e perturbado, ele olhava para os lados tentando entender o que havia acontecido.

- Libby! Finalmente, acabou... olhe para a caverna - diz Sara, chorando.

  Libby se espanta, tudo havia acabado subitamente, a paz voltava a nortear Libby, ele dá um sorriso que irradia serenidade. Contudo, o professor observa sua mais nefasta criação em pleno funcionamento, os sentimentos de culpa voltaram a assombrá-lo. O químico se levanta, um pouco zonzo, ele vai até um veículo de busca e resgate na neve, ele pega uma pistola e verifica se ela está carregada.

- Minha mais lesiva e maligna invenção... Ela ainda está funcionando graças a uma bateria que instalei, que entraria em ação caso não houvesse  mais energia para operar a máquina. - fala Libby, enquanto apontava a arma para o circuito elétrico da máquina. Ele atira, e o circuito entra em chamas, Libby faz sinal para todos se afastarem, ele observava a máquina queimar, para ele, sua moral estava em chamas.

  A máquina explode, e o fogo seguia impiedoso. Libby estava desalegre, Sara se aproxima dele e o abraça.

- Libby, você não tem culpa de ter construído essa máquina... você foi forçado a isso. - fala Sara, tentando deixar o professor mais calmo.

- Eu tentei criar algo que não machucasse os pinguins de fato, já que esses ácidos estão diluídos na água da chuva, então eles não causarão estragos consideráveis em nós. Porém... haverão muitos impactos ambientais. E tudo graças a mim... - diz Libby, desolado.

- Nós conseguiremos dar um jeito em tudo isso! Com certeza, você e o Gary conseguirão bolar algo que descontamine de forma mais rápida toda a ilha. Mas, primeiro você precisa compreender que a culpa não é sua. Aquele psicopata é que foi o culpado por tudo que nós passamos, ele é o imbecil. - diz Sara, ela estava preocupada com Libby. Para a médica, ele não deveria se sentir culpado.

  John se aproxima vagarosamente de Sara e Libby, ele fala:

- Coloquem esses equipamentos e essas roupas especiais, assim vocês poderão se proteger da exposição prolongada na chuva ácida. Agora é questão de esperar ela acabar. Ah... e Libby, nós sempre estaremos ao seu lado... - diz John, ele entrega as roupas aos pesquisadores. Em seguida sorri para ambos.

  Após Libby e Sara terem colocado os trajes especiais, Anna liga para Gary, ele atende. A agente se apoia em um dos veículos.

- G... caso encerrado. Achamos o esconderijo do assassino, ele era um pizzaiolo. Além disso, ele obrigou Libby a construir uma máquina produtora de chuvas ácidas, e isso explica o porquê dessa chuva. E o mais intrigante, Libby explodiu a caverna, todos nós fugimos, exceto o assassino, que morreu esmagado... ah! Já ia me esquecendo, e achamos Sara desacordada na mata, ela estava em busca de Libby, mas ela está bem. - fala Anna, agora com suas emoções em harmonia pelo fim do caso.

  ''Pelos tubos de ensaio! Foram muitas reviravoltas em muito pouco tempo. Rastreei a sua localização e já estou indo para aí!'' diz Gary, no telefone. Anna desliga o telefone e avisa os agentes para esperarem a chegada de Gary.

  Todos os agentes ali presentes, inclusive os de reforço, sentam-se no chão um do lado do outro. Observavam calados a chuva que ainda caia, podia se escutar os ruídos de árvores caindo. Estavam todos esgotados, mas ainda estavam juntos, eram os mesmos pinguins do começo da missão, porém... estavam tão diferentes, eles aprenderam muitas coisas.

  Um foco de luz surge no horizonte desbotado. Eram as luzes do veículo de Gary, em poucos segundos ele chega até onde estão os agentes, o inventor desce do veículo e anda em direção aos agentes, ele sorri e diz:

- Parabéns! Todos vocês são heróis... fico tão feliz por ver como vocês se esforçaram. Estão todos bem? - fala Gary.

  Os agentes confirmam com a cabeça.

- Antes de encerrarmos o caso uma vez por todas, os agentes que foram designados para resolver o caso terão que comparecer a uma última reunião, que será hoje à noite. Já que hoje à tarde outros agentes irão procurar pelo corpo do assassino em meio a todo esse pedregulho, e em seguida, os médicos farão uma autópsia. Ah! E os agentes de reforço já estão liberados. - fala Gary, ele estava orgulhoso pela determinação dos agentes e pelo foco dos agentes em solucionar o caso, agora a tensão que o atormentava havia passado.

  Os agentes de reforço se despedem, eles montam em seus carros e veículos de busca e resgate na neve e somem em alta velocidade em meio a mata selvagem.

- Até que enfim, a última reunião desse caso. Espero que nunca mais volte a acontecer algo assim, foi o caso mais difícil e tenebroso que eu já participei. - diz Kate, ainda angustiada.

- Essa última reunião servirá para nós tirarmos as conclusões desse caso, e também para poder contar suas impressões sobre o caso, um desabafo, caso queiram. Aproveitem que a chuva já está passando para poderem espairecer um pouco, hoje à tarde. - diz  Gary, com um tom de voz alegre.

- Não sei como vou conseguir me espairecer, sabendo que toda essa contaminação ambiental foi causada graças a mim! É detestável... - fala Libby, inconformado. Sua face ainda transmitia desolação.

- Professor Libby... entenda que... você é uma vítima e não o culpado. Conseguiremos descontaminar essa ilha muito em breve, tudo ficará bem, você verá. Bom... agora eu preciso voltar para a Sala de Comando da EPF, vou designar alguns agentes para procurar o corpo do assassino e médicos para fazer a autópsia. Passem bem! - diz Gary, acenando e sorrindo para os agentes. Logo depois, Gary pega o seu veículo e desaparece no horizonte.

  Lucas se levanta do chão, ele andava de forma lenta, ele respirava fundo.

- Vamos até o meu iglu, comer alguma coisa. A chuva praticamente já acabou, posso até ouvir os pássaros. Será bom para esquecermos um pouco desse caso até hoje à noite. - fala Lucas, retirando seu traje especial. Ele arrumava seu cabelo.

- Pode ser... toda essa história está me enlouquecendo. Além de tudo, eu passei à noite toda em claro trabalhando naquela invenção desprezível. Vou comer e tentar dormir um pouco. - diz Libby, se levantando do chão e reclamando das dores nas costas.

- Foi um dia agitado, melhor nos distrairmos e descansarmos um pouco. - fala George, ele andava em direção aos veículos.

- Vamos montar nesses veículos e dar o fora daqui. Preciso de um café para me recompor. - fala Anna, a agente montou em um dos veículos rapidamente e esperou os outros montarem também.

  Em poucos minutos, os veículos cortaram a mata fechada em alta velocidade, Kate olhou pra trás e viu o amontoado de rochas ficando cada vez mais distante. Kate só queria distância da perversidade de Dahmer, ele era excentricamente alucinado.

  Iglu de Lucas, 07:15 AM

  Os agentes estacionam os veículos ao redor do iglu de Lucas, eles aproveitam para tirar os trajes especiais. Eles só queriam paz naquela ilha, queriam tranquilidade, queriam poder andar pela ilha despreocupados, sem angústias.

  Os agentes entram no iglu e se sentam no sofá e poltronas da sala, Lucas foi até a cozinha junto com Anna para preparem um café e pegarem os cookies.

- E finalmente paz! Sabe... eu fiquei encucada com uma das falas daquele psicopata. E se realmente formos todos maus? - fala Kate, cruzando os braços, sua expressão era de dúvida.

- Assim como o veneno depende da dose, a maldade também é assim. Todos temos um pingo de maldade, mas alguns pinguins, como por exemplo aquele idiota, se preenchem de malignidade e diabrura, chega uma hora que ficam cheios disso... e transbordam. - diz Libby, pensativo, enquanto olhava para a parede.

- Realmente... faz sentido Libby. Tenho pena da vida que aquele pinguim escolheu... no fim, pagou o preço. - fala Kate, ainda um pouco perturbada.

- É uma pena que alguns pinguins acabem assim. É assustador de se pensar do que é capaz uma mente doente como aquela. - diz Sara, olhando para os lados, ela estava agitada.

- O que importa é que tudo aquilo acabou, certo? - fala George, sorrindo para os amigos.

- George tem razão, devemos procurar ficar calmos. Devemos tentar esquecer essas aflições que nos atormentavam, aquele assassino pagou o preço de tudo que fez. - diz John, ele tentava confortar os amigos.

  Enquanto isso, na cozinha do iglu, Anna e Lucas conversavam enquanto Anna preparava o café e Lucas pegava cookies, pizza e bolo.

- Estou tão aliviada com o fim desse caso, às vezes eu achava que um de nós poderia ser a próxima vítima daquele assassino. - fala Anna, pegando um coador de pano.

- Nem me fale, eu dormia todas as noites aflito. Era uma tensão interminável, uma angústia que me fazia mal. Pelo menos, tudo acabou, agora temos que continuar seguindo com nossas vidas. - diz Lucas, preparando a mesa. Ele colocou um bolo de morango muito apetitoso no centro da mesa.

- Só de me lembrar daquele psicopata contando a história tenebrosa da vida dele, eu me arrepio. - fala Anna, aflita, se sentando em uma das cadeiras da mesa redonda da cozinha.

- Acalme-se, tudo já passou. Não temos mais o que temer, está tudo bem. - diz Lucas, se aproximando de Anna e a abraçando. Anna sorri para Lucas e o beija.

  Alguns minutos depois, o café fica pronto e Lucas havia acabado de pôr a mesa. Lucas vai até a sala e chama os outros agentes para virem comer, eles vão rapidamente, estavam famintos. Além disso, queriam se descontrair um pouco, tudo ainda estava muito tenso.

- Nada melhor do que cookies e um copo de leite! - fala Kate, faminta.

- Fala sério, uma pizza é muito melhor do que isso. - diz Libby, salivando ao observar a pizza.

- Definitivamente, vocês estão com bastante fome! - diz Anna, sorrindo para os amigos. A agente bebericava uma xícara de café.

- Eu ainda estou confusa... tudo aconteceu tão rápido. - fala Sara, sua expressão era de angústia. A médica cutucava um pedaço de bolo com um garfo.

- Sara, você precisa relaxar. Não procure mais ficar pensando naquele psicopata, ele morreu. Agora temos paz! Então, o melhor que você tem a fazer, é comer alguma coisa e depois descansar um pouco. - diz John, sorrindo para a neurologista. Ele apalpava as costas de Sara.

- John tem razão, tudo que passamos foi realmente difícil e perturbador, porém, acabou. Eu sei que tudo que aconteceu é extremamente recente, mas já passou. Estamos aqui para te ajudar. - fala George, sorrindo de forma acolhedora. Ele pega na mão de Sara, demonstrando afeto. - Estamos com você.

- Sara, eu sou seu amigo faz muito tempo. E eu sempre estarei aqui, para te ajudar com qualquer coisa. - fala Libby, sorrindo.

- Obrigada pelas palavras acolhedoras... É eu preciso comer, descansar. Minha mente está extremamente agitada, com o passar do tempo eu ficarei tranquila. - diz Sara, sorrindo timidamente para os amigos. Ela começa a comer o bolo que estava em seu prato.

  Após conversarem mais um pouco e comerem, os agentes, o químico e a médica vão para a sala. Eles se sentam no sofá e nas poltronas, estavam sonolentos, após algumas poucas falas e movimentos vagarosos, eles acabam caindo no sono. Dormiam pesadamente, mereciam um momento de descanso após tantas aflições e tormentos, era como se pudessem se recompor e dormir sabendo que a missão foi cumprida.

Ruínas do esconderijo de Dahmer, 07:30 AM

  A mando de Gary, um pequeno grupo de agentes da força tática, liderados por uma agente especialista, procuravam pelo cadáver de Dahmer. Eles reviravam as pedras com a ajuda de um guindaste de pequeno porte, haviam muitos fragmentos de componentes eletrônicos, e alguns móveis e livros. Os agentes tomavam cuidado para não se contaminarem com alguma substância tóxica que Dahmer armazenava em seu esconderijo.


  O guindaste retira uma enorme pedra de sua posição, e então os agentes tem uma terrível visão, o corpo de Dahmer, esmagado, rodeado por uma enorme mancha de sangue, os ossos estavam em pedaços e a carne estava toda retalhada.

- Foi uma morte horrível... - diz Sofia, a agente especialista que liderava a busca. Ela estava surpresa.

- Isso me embrulha o estômago... esse foi o preço de fazer um inferno na ilha. - fala um dos agentes táticos.

- Não quero mais ficar vendo essa cena. Recolham o corpo, vou avisar o G que concluímos a busca. - fala Sofia, um pouco perturbada com o que viu. Ela teclava seu telefone secreto, estava escrevendo uma mensagem para o Gary.

  Os agentes táticos recolheram os restos mortais, o embrulharam com materiais especiais e colocaram o mesmo em uma caixa plástica negra. Em seguida, puseram a caixa em um dos carros de busca e resgate na neve.

  Os agentes terminaram de guardar os equipamentos nos veículos e em seguida já saíram do local. Eles iriam para as instalações que abrigavam o Instituto Médico da EPF, que ficavam nas margens do rio que cortava a região inóspita logo atrás da Estação de Esqui.

Instituto Médico da EPF, 07:40 AM

  Os agentes estacionam seus veículos na entrada do instituto. Sofia desce de um dos veículos, a agente, que vestia um jaleco e chamava a atenção por ter um cabelo ruivo deslumbrante, de forma imponente andava até a porta da construção. Ela abre a mesma e adentra a edificação, enquanto isso os agentes táticos iam atrás dela carregando a caixa que continha o cadáver de Dahmer.

  A agente vai até o balcão da recepção e diz:

- Olá, sou a agente especialista Sofia. Estou aqui a mando do agente Gary, ele havia mandado eu liderar uma busca pelo corpo do assassino que atormentou a ilha nos últimos dias, porém, o assassino morreu hoje mesmo. Então, eu estou trazendo os restos mortais dele para os médicos legistas realizarem uma autópsia. - fala Sofia, mostrando seu distintivo.

- Olá Sofia, a entrada para o Departamento de Autópsias está liberada, vá pela porta a minha direita. - diz a recepcionista, cumprimentando com a cabeça os agentes táticos logo em seguida.

  Os agentes adentram o Departamento de Autópsias, haviam várias mesas com computadores e papéis, no fundo da sala haviam portas que davam para as salas de autópsias ou para a sala onde armazenavam os corpos. O médico que comandava o departamento, aparece de repente, ele parecia apressado, usava óculos e tinha os cabelos espetados.

- Olá agentes! Me chamo Eric, sou o médico que coordena o Departamento de Autópsias da EPF. Estava esperando por vocês, deixem o corpo na mesa central dessa sala. - fala Eric, andando de forma rápida, ele abre uma das portas da sala. Os agentes táticos deixam a caixa com o cadáver de Dahmer na mesa cirúrgica da sala, logo depois os agentes deixam a sala.

- Prazer em conhecê-lo, sou Sofia, agente especialista que coordenou a busca pelo corpo. Assim que você concluir a autópsia, me avise, pois haverá uma reunião hoje à noite na Sala de Comando da EPF para tirarmos as conclusões do caso. Gary mandou você comparecer na mesma para divulgar os resultados. - fala Sofia, arrumando suas longas madeixas ruivas.

- Avisarei assim que eu e minha equipe encerrarmos todo o procedimento, ele durará cerca de quatro horas. Por fim, emitiremos uma Declaração de Óbito, assim que ela estiver pronta eu entrarei em contato com você. Agora preciso iniciar a autópsia, já irei chamar a minha equipe. Até mais Sofia, foi bom te conhecer. - diz Eric, andando de forma acelerada pelas mesas, ele pega um telefone e chama a equipe médica.

  Sofia pega seu telefone secreto e liga para Gary.

- Olá G, a autópsia será iniciada em alguns minutos. Assim que emitirem a Declaração de Óbito, o médico que coordena o Departamento de Autópsias me avisará. Quando isso acontecer você já poderá começar a preparar a reunião de hoje à noite. - fala Sofia, com tom de voz sereno.

  ''Ótimo! Você está liberada para fazer o que quiser hoje à tarde, mas lembre-se de comparecer a reunião. Ah! Avise os agentes táticos, eles também estão liberados. Até mais agente!'' diz Gary, desligando o telefone logo em seguida. Sofia se aproxima da equipe de agentes táticos e avisa que estavam liberados.

  A agente especialista tira seu jaleco, ela estava usando uma saia de paetê preto, e usava uma blusa branca sem mangas. Sofia, com seu modo suntuoso de andar, se retira da instalações. Mesmo com os estragos da chuva ácida, alguns edifícios da ilha estavam abertos e em pleno funcionamento, como por exemplo, a Pizzaria, a agente estava indo para lá. Sofia queria se descontrair um pouco, foi um dia cansativo para ela.

  Por volta de 12:00 PM, foi emitida a Declaração de Óbito. Eric ligou para Sofia, avisando-a, logo após encerrar a ligação, a agente ligou para Gary, notificando-o sobre o fato. Algumas horas depois, Gary já havia acabado de preparar o material para a reunião. Às 8:00 PM do dia seguinte, Gary manda um mensagem para o telefone secreto dos agentes e pesquisadores envolvidos com o caso, a reunião estava para começar. A última reunião, a reunião que encerraria um caso que trouxe caos e perturbações a toda ilha.

  Este foi o sexto capítulo de Furious Chemistry! Após os momentos de tensão que pareciam intermináveis, os agentes finalmente tiveram paz. Diga o que acharam nos comentários! Até o próximo capítulo!

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